ELES MERECEM: “Tem valor sentimental também”, diz profissional da saúde sobre gratificação contra a Covid-19

Jackson Silva foi um dos profissionais que receberam a gratificação (Arquivo pessoal)

Além do investimento maciço em estrutura hospitalar, que gerou mais 496 leitos permanentes para a rede de saúde estadual em 2020, o governo maranhense não deixou de reconhecer o trabalho desempenhado pelos profissionais de saúde que atuaram na linha de frente contra o coronavírus. 

No final do ano passado, o governador anunciou abono de R$ 350 para cerca de 25 mil trabalhadores da área na rede estadual, entre médicos, enfermeiros, técnicos e fisioterapeutas que acompanharam o sofrimento de centenas de pacientes na fase mais aguda da pandemia.

  
Jackson Silva foi um dos profissionais que receberam a gratificação (Arquivo pessoal)

“Um prêmio de dimensões financeira, mas, sobretudo, afetiva. É mais uma forma que encontramos de agradecer. E agradeço muito aos profissionais de saúde do Maranhão”, pontuou o governador. 

O enfermeiro Jackson Silva, que atua na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Itaqui Bacanga, em São Luís, foi um dos beneficiados com o abono. Jackson presenciou de perto a angústia de vítimas da Covid-19. Ele lembra que a aflição causada pelo risco iminente afetava tanto os pacientes quanto a equipe médica. 

“A gente via de perto as consequências da doença. Imagina você lidar com esse processo de adoecer e morrer sozinho, sem ter ninguém por perto? E você, como profissional, ser a única luz que aquele paciente tem naquele momento? Porque ele adoece e é isolado por conta de um vírus que ele não enxerga, para fazer um tratamento que ele não sabe se vai dar certo”, conta o enfermeiro. 

As incertezas causadas pelo vírus aumentavam a ansiedade no ambiente hospitalar, apesar da experiência dos profissionais. 

“O trabalho da enfermagem em si já é muito difícil. Mas o impacto foi maior na pandemia”, relata Jackson. 
Jackson Silva foi um dos profissionais que receberam a gratificação (Arquivo pessoal)

Para Jackson, a gratificação aos profissionais que atuaram na linha de frente tem um “valor mais sentimental” do que financeiro e consolida o apoio que o governo já vinha dando a esses trabalhadores desde o início da pandemia. 

Apoio “dentro dos muros dos hospitais”

“Foi uma surpresa. Acho que não só para mim, mas para todos os profissionais de saúde que trabalharam na linha de frente durante essa pandemia. Mas essa gratificação veio só consolidar um apoio que a gente teve do governo desde o início da pandemia. A gente sempre conseguiu, mesmo dentro dos muros dos hospitais, sentir o apoio do governo em relação a recursos materiais, recursos humanos e apoio psicológico. É uma gratificação que vai muito mais além do valor em espécie. Ela tem um valor mais sentimental”, avalia o enfermeiro.

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